sábado, 31 de dezembro de 2011
So long 2011
segunda-feira, 19 de dezembro de 2011
Estudar nos EUA: Hotcourses Brasil
A melhor opção é já ter uma ideia de tudo isso antes de viajar para os EUA. Eu mesma só encontrei o curso que me interessava seis meses depois de me mudar. Existem algumas formas de pesquisar os estudos, uma delas não só descobri recentemente, como estou escrevendo/traduzindo como freelancer: Hotcourses Brasil.
Neste site, você pode pesquisar cursos pela área, nível de ensino e país. Por exemplo, assim que eu fiz o match com a minha família, eu poderia ter encontrado todas as instituições da Virginia, achado as que têm campus próximo a minha casa, e pesquisado os cursos disponíveis em cada uma delas. (A NOVA, uma das faculdades que eu cursei, está listada no site.) Ou até mesmo já procurar pela área (jornalismo ou língua inglesa, no meu caso) e achar as instituições que a oferece no estado da Virginia.
No Hotcourses, tem como procurar as instituições de cada estado norte-americano e ainda acessar as avaliações de estudantes que já as cursaram, seja de graduação, pós-graduação, doutorado ou, os mais procurados pelas au pairs, cursos de inglês (geral, para negócios, preparatório para exames, online, executivo, entre outros). Uma sugestão para as au pairs que estudaram nos EUA é deixar uma avaliação da instituição no Hotcourses Brasil para ajudar na decisão de futuras intercambistas.
Você pode começar a procurar seu curso agora pelo Course Finder aqui no lado direito do Few Miles.
Outros posts de dicas para futuras au pairs: De au pair para au pair e FAQ.
quinta-feira, 13 de outubro de 2011
Farewell Party
As cinco brasileiras e a húngara se organizaram para chegar reunidas em casa para a janta que os pais americanos estavam preparando (taco pie, o meu prato preferido), com balões, cartões, fotos e cartaz com mensagens de despedida. Só essa imagem aí da foto já me fez encher os olhos de lágrimas. Abrir a porta para essas meninas que significam tanto para mim reforça a certeza de que tudo valeu a pena.
Minha mãe e meu irmão já estavam na Virginia há dois dias e eu já não era mais au pair há quase uma semana. A reuniãozinha foi uma comemoração dos 18 meses bem sucedidos. A cozinha daquela casa nunca ouviu tanto português. Antes das minhas amigas deixarem a casa - e após aproveitarmos da hot tub no quintal pela última vez, - os pais americanos puxaram o coro de "speech, speech, speech". Então, a minha host mom me fez chorar com um discurso de agradecimento pelo um ano e meio que passamos juntos e pelo cuidado que tive com os dois pequenos. E me concedeu o posto de melhor au pair que a família já teve (eu fui a quinta, se contarmos as que nem conseguiram completar um ano). Eu retribuí o discurso e o agradecimento. Minha família americana tinha seus defeitos, como todas as outras que eu conhecia, mas não consigo imaginar lugar e companhia melhor para ter passado esses meses todos.
Melhor disso tudo foi poder reunir num lugar só todas aquelas pessoas (remanescentes) que fizeram parte da minha vida americana e apresentá-los para parte da minha família. Minha mãe, depois da festa, me disse que eu "estava em boas mãos, em relação a família e a amigas". Eu que o diga.
terça-feira, 11 de outubro de 2011
Civic Tour: My Chemical Romance e Blink-182
O primeiro assunto: meu último - melhor e mais importante - show. A Honda Civic Tour completou dez anos de estrada. Blink-182, depois de muito tempo inativo, foi escolhido para comemorar o marco da primeira década de turnê. E para abrir o show do trio, chamaram -nada mais, nada menos que - MY CHEMICAL ROMANCE. (Obrigada, deus da música ao vivo, por ouvir minhas preces.)
Meia hora depois de MCR deixar o palco, Blink-182 entrou para tocar mais de 20 músicas por duas horas. O show é divertido. Não bastasse as músicas teenager-feelings-forever, Mark Hoppus e Tom DeLonge se tiram e interagem com a platéia o tempo inteirinho. Um exemplo: num dos intervalos entre uma música em outra, DeLonge diz...
Tom: Our next song...
Mark: Wait! We need to work on our band communication. We can't start playing right now. Travis is getting a band-aid cause his thumb looks like a ham sandwich. No wait, his thumb looks like your mom after a Friday night.
Ou então, logo após encerrar uma música...
Tom: Why are you staring at me, you perverts!??? I'm giving my everything! Isn't it enough?
Ou ainda as famosas musiquinhas de DeLonge "It would be nice to have a blow job" e "I wanna fuck a dog" (a qual a platéia começa a cantar junto e ele diz "It's like a dream come true you guys singing this back to me").
quarta-feira, 31 de agosto de 2011
See you, USA
E eu só tenho a agradecer o dia em que resolvi virar au pair e vir passar esses 18 meses na América. Melhor época da minha vida. Achei que estaria triste por deixar tudo pra trás. Estou. Mas eu levo tudo comigo. Estou bem, preparada para rever tudo e todos.
Não quero que isso seja um adeus, é só um SEE YOU SOON, UNITED STATES OF AMERICA. I love you and I will be back.
segunda-feira, 8 de agosto de 2011
The windy city of Chicago
Pela primeira vez viajo me, myself and I - da mesma forma que encarei shows sozinha aqui - e não é nenhum bicho de sete cabeças. Pelo contrário, é desafiador e até um tanto libertador. Entretanto, um final de semana é suficiente - tanto é, que me peguei entediada umas duas vezes e acabei ligando pra bater papo com as amigas.
Chicago é uma cidade linda. Cheia de prédios enormes e sofisticados dividindo as ruas com construções antigas - inclusive a linha de metrô que faz uma volta completa pela downtown - a região chamada de Loop. Mais uma vez, não tenho o que reclamar do transporte público. A cidade tem até trolley (aqueles bondes/ônibus) de graça fazendo o caminho centro-Navy Pier. Mesmo usando metrô e ônibus em algumas ocasiões, fiz o Loop e a Michigan Ave inteira a pé. E visitei a maioria dos pontos principais que não exigiam gasto (com exceção do Skydeck, que custa $17 a visita).
Como estadia, repasso a dica valiosa de uma amiga: Hostelling International. Um albergue SUPER bem localizado (a dois blocos do Grand Park), grande, limpo e barato (e é uma rede espalhada pelo mundo todo).
Lollapalooza
Deu de calhar ir para Chicago no mesmo final de semana do festival de música Lollapalooza. A cidade estava lotada. Como resolvi viajar de última hora, quando comprei a passagem de avião, os ingressos para os três dias de shows já estavam esgotados. Até tentei achar ingresso para o sábado, em frente aos portões do Grand Park, mas tinha muita procura e pouca oferta. Cheguei a encontrar um para o domingo. Meu voo de volta, no entanto, era às 21h (com um caminho de uma hora de metrô até o aeroporto O'Hare), o que significava ter de sair do festival antes das melhores bandas tocarem (leia-se Arctic Monkeys, Deadmau5 e Foo Fighters).
Aceitei que o Lollapalooza não ia acontecer pra mim esse ano. Mesmo estando em CHICAGO no MESMO fim de semana do festival. Resolvi não gastar o pouco tempo que tinha atrás de ingressos, e fui conhecer a cidade. Carregando comigo a minha recém comprada câmera fotográfica, aqui estão algumas das fotos da viagem.
Fotos: 1) Wrigley Building 2) Forever Marilyn monument 3) Chicago Theatre 4) Roda gigante do Navy Pier 5) Michigan River 6) The Bean 7) John Hancock Observatory 8) Harold Washington Library Center 9) A vista de Chicago no Skydeck.
terça-feira, 2 de agosto de 2011
I'm coming home
A minha última semana aqui será a mais corrida de todas porque, além de estar viajando, também servirei de guia para duas pessoas extremamente especiais. Minha mãe e meu irmão virão conhecer um pouco dos USA antes do meu retorno, nos dias extras que são me dados após o término de programa. Na função de au pair, me restam só 17 dias.
Voltarei de Nova York com menos de um dia de intervalo entre o meu voo de partida. Dormir? Só nas 11 horas que passarei dentro do avião (se a ansiedade me permitir). E só no avião pra ficha começar a cair.
domingo, 31 de julho de 2011
Black Eyed Peas
segunda-feira, 25 de julho de 2011
De au pair para au pair
1) NÃO DESISTA LOGO NO COMEÇO. Essa é a mais importante de todas. No primeiro mês nos EUA, sofri de homesick BRABA e pensei muito em voltar. Não o faça. Só eu sei o quanto me arrependeria, e - por céus, já leram alguns dos meus posts? - o quanto eu perderia de não ficar. Tente entrar em contato, antes de partir do Brasil, com a sua local counselor. Peça a lista de au pair da sua região e já marque de sair no seu primeiro final de semana. Não dê chance para a homesick.
2) NÃO TRAGA MUITA ROUPA. É claro que vamos achar que roupa nunca é suficiente e é um tanto deseperador pensar em fazer uma mala para uma viagem de um ano e não trazer quase nada. Mas o óbvio é que você irá comprar uma quantia absurda de coisas aqui. Portanto, traga pouca roupa e junte mais dinheiro. (E se puder ainda adicionar algo a este tópico: Faça uma visita a Forever XXI na sua primeira semana.)
3) NÃO SE ASSUSTE COM O COMPORTAMENTO DAS CRIANÇAS. Não importa a idade que você escolheu cuidar ou a rotina que terá, crianças dão trabalho. Vão fazer manha, chorar, responder... Todas as idades têm suas vantagens e desvantagens. Talvez o melhor conselho que eu possa dar (e exigência número um desse programa) é NÃO GOSTA DE CRIANÇAS, NÃO TENTE SER AU PAIR. Dê tempo ao tempo, e aos poucos pega-se o jeito em cuidar dos pequenos.
4) Em adendo ao número 3, CRIE UM BOM RELACIONAMENTO COM OS PAIS DAS CRIANÇAS. Eles serão seus responsáveis, chefes e família durante a estadia nos EUA. São os host parents que fazem a experiência muito mais agradável. E quando a relação é boa, "aguentar" as crianças no começo torna-se mais tolerável.
5) NÃO EVITE BRASILEIRAS. É óbvio que ter SÓ amigas que falam a sua língua atrasa a melhora no inglês. Mas elas são essenciais. Serão amizades criadas pra levar pra vida toda. Serão suas companheiras de viagens, baladas, homesick, bads, risadas, ressacas. Um pedaço do seu país nos EUA.
6) APRENDA INGLÊS. Pode parecer bem boba a dica, mas já vi meninas irem embora com pouquíssima melhora no idioma. Tenha amigas brasileiras, fale em português, mas não deixe de estudar o inglês. Converse bastante com a família americana, crie amizades de diferentes nacionalidades, frequente lugares em que será obrigada a só conversar no idioma. E, principalmente, ESTUDE. Quando a au pair se acostuma com o lugar, cria o seu grupo de amigas, e começa a criar a rotina na nova casa, acaba deixando de lado a parte mais legal desse programa: a oportunidade de estudar nos EUA. (Digo por experiência própria.) E, por céus, não tenha VERGONHA de falar em inglês. Todas estamos aqui para aprender - ou você não colocou na sua letter a frase clichê de au pair que você queria "improve your english"?
7) SER AU PAIR NÃO É SÓ FESTA. Au pair trabalha. Conheço casos e casos de meninas que vieram pra cá pelo programa e não aguentaram o tranco porque achavam que era só festas e viagens. Sim, são MUITAS festas e viagens, mas também é muito trabalho. Não venha só pelo oba-oba para não cair do cavalo.
8) Talvez em contradição com o número 7, VIDA DE AU PAIR É FÁCIL. Trabalhar é a parte mais importante do programa, exige muita paciência, e lhe é depositada muita responsabilidade. O que não difere de nenhum outro serviço aqui ou em qualquer país. No entanto, é lhe dado casa, comida e, em muitos casos, carro (as vezes, zerinho, como o meu) - e em alguns raros casos, até gasolina e GPS. Dessa forma, o salário de au pair, que não é nenhuma maravilha, dá e sobra pra viver muito bem.
9) Seja um dos muitos casos, e ESCOLHA UMA FAMÍLIA QUE TENHA UM CARRO SÓ PARA A AU PAIR. Acredite, é essencial. Não dá pra viver em nenhum canto dos EUA sem ter um carro ao seu dispôr (a não ser, talvez, nas capitais).
10) VIAJE. Guarde um pouco de dinheiro e use-o para o máximo de viagens que puder. Passagens de avião aqui são absurdamente baratas se comparadas às do Brasil. Eu viagei bastante e mesmo assim acho que poderia ter aproveitado mais. Planeje bem suas férias e gaste conhecendo lugares diferentes.
11) FAÇA ALGO DIFERENTE A CADA FINAL DE SEMANA. Mesmo que algumas au pairs precisem trabalhar nos finais de semanas, neles estará o tempo para explorar o lugar em que vive. Coma em novos restaurantes, vá a novos clubs, visite novos museus e parques, conheça novas cidades, dirija por um novo caminho, faça novas viagens de carros, frequente novos ambientes, vá a jogos de diferentes esportes... A lista é infinita. O problema é que quando nos acostumamos com a rotina, ela vira, bem... Uma rotina! Não deixe isso acontecer nos finais de semana. Planeje-o com antecedência, mesmo que os planos acabem mudando
12) CLUSTER MEETINGS SÃO CHATOS. Essa regra tem suas exceções, mas você vai perceber que está muito ocupada saindo com suas amigas brasileiras e fazendo algo novo a cada final de semana para participar das reuniões de au pairs da sua região. Com sorte, na sua agência - como é na Au Pair In America -, fazer parte das cluster meetings não será obrigatório. Cheque essa informação antes de vir pra cá.
sexta-feira, 22 de julho de 2011
Um ano e cinco meses
sábado, 16 de julho de 2011
Thank you, J.K. Rowling
domingo, 10 de julho de 2011
Sobre Vans e Havaianas
PS: Ainda estou sem câmera fotográfica, portanto a foto meia boca foi tirada com o iTouch.
quarta-feira, 6 de julho de 2011
O Símbolo Perdido e passeios de turista em Washington D.C.
terça-feira, 5 de julho de 2011
De volta ao fazer de malas...
E o fazer dessas malas serviu para provar o tanto que acumulei em um ano e quatro meses. O que na vinda fizeram caber tudo que escolhi trazer comigo para outro país, hoje não carregam nem metade do que tenho. É um ajuntamento de CD's, livros, sapatos, acessórios, papéis, bolsas, souvenir, roupas... E mais roupas (bendita Forever XXI).
Cabe a mim comprar mais uma mala enorme e rezar para que as coisas se encaixem.
quinta-feira, 30 de junho de 2011
Salt Water Taffy
São balas coloridas de sabores sortidos, grudentas, de mastigar. Doces, mas sem exagero, com gosto bem suave - com exceção da de menta -, o que faz com que elas não sejam enjoativas. São gostosas, mas nada fora do normal. Ao voltar de viagem, esqueci a caixa de doce no porta-malas por três dias seguidos; quando as encontrei, estavam todas derretidas. O calor não as estragou, mas o embrulho está grudado e pegajoso em todas as balinhas...
domingo, 26 de junho de 2011
Ocean City
Até agora, foi minha praia preferida nos EUA, colorida, barulhenta e movimentada. Além disso, antes de começar a areia, tem uma passarela bem comprida, a Boardwalk, com inúmeros bares e lojas, que dá o ar e a cara que uma praia deve ter. Passamos manhã e tarde de sábado deitadas na areia. E a noite, ficamos direto, suadas e cheirando a bronzeador, para passear pela orla toda e conhecer o parque de diversões no píer da praia. Bem coisa de filme. Até andamos na roda gigante.
Uma dica para viagens de au pairs pelos EUA: a rede de motéis 6 é limpa e confortável o suficiente e provavelmente a opção mais barata para passar uma ou duas noites.
No domingo, ainda conseguimos passar mais umas duas horinhas na praia antes de levantar acampamento e voltar para casa.
quinta-feira, 23 de junho de 2011
Um ano e quatro meses: IT WAS A BEAUTIFUL DAY
Como de costume, peguei o trânsito de ficar trancada dentro do carro por três horas, mas dessa vez tinha com quem dividir a ansiedade. Perdemos o show de abertura da Florence and the Machine. Escutavamos o vozeirão da mulher de dentro do carro, enquanto achavamos um lugar para estacionar na bagunça. Ainda assim, conseguimos um lugar ótimo, com uma só pessoa nos separando da grade do palco que circula a inner área. Mais uma vez, os shows nos EUA provam ser bem mais sossegados que no Brasil: sem aperto e empurra-empurra. Mesmo chegando relativamente atrasadas, foi tranquilo passar pelas pessoas que já se aglomeravam em volta do palco. Algumas delas até cederam os lugares para nós porque minha amiga é bem baixinha (sim, mais baixa que eu).
E a história se repete. Em 2006, assisti a Vertigo Tour em São Paulo e consegui aos poucos chegar pertinho de quatro caras que mais admiro no mundo da música. Show do U2 nunca é um simples show. É um espetáculo. A banda certamente tem complexo de grandeza, conseguem criar um evento maior, melhor, de cair o queixo a cada turnê. A estrutura do palco de (dã!) 360° e a iluminação são absurdas. As passarelas que ligam o palco central ao círculo que contorna a inner área se movem o tempo todo durante as duas horas de show e levam o Bono (que não para um minuto) para todas as partes da estrutura. O setlist é montado complementado e intercalado com os vídeos no telão e as mensagens do Bono, e muda de leve a cada show. Pontos altos: "Beautiful Day", "Where The Streets Have No Name", "One", e a minha preferida "Walk On". Apesar de preferir a versão original de "I'll Go Crazy If I Don't Go Crazy Tonight", o remix da música foi uma das melhores partes do show porque Bono, The Edge, Adam e Larry passeiam pelo círculo, pertinho de onde eu estava.
terça-feira, 14 de junho de 2011
Stars and Stripes
No dia 14 de junho, os norte-americanos comemoram o Flag Day. Hoje, ao chegar da escola, o menino mais velho veio todo contente mostrar um livrinho que ele e os alunos da classe do Pré montaram com a historinha da criação da bandeira:
Long ago, our country fought a war to be free.
America need a flag.
The people say that George Washington asked Betsy Ross to make the first flag.
There were 13 states in the new nation.
They say Betsy Ross made one star for each state.
They say Betsy Ross made one stripe for each state.
Today there are 50 states.
Today our flag has 50 stars and 13 stripes.
The American Flag is symbol of our country.
June 14 is Flag Day.
We remember the story of Betsy Ross and her flag."
sexta-feira, 10 de junho de 2011
Mumford & Sons
Minha admiração pela banda é recente, só os conheci na apresentação de "The Cave" ao vivo no Grammy deste ano, no dia 13 de fevereiro. Foi amor à primeira vista. A música entrou imediatamente entre as minhas preferidas de todos os tempos. Comprei o álbum "Sigh No More" e me viciei na banda de folk formada por Marcus Mumford (voz e violão), Ben Lovett (teclado), Country Winston (banjo), e Ted Dwane (contrabaixo), todos nos seus 20 e poucos anos. Checando a agenda de shows deles nos EUA (a banda é britânica) com frequência, finalmente foi adicionado uma data perto de onde moro. Sem conhecer ninguém que gostasse da banda, resolvi ir sozinha nesse também.
Perdi as três primeiras músicas do show de ontem (09): "Sigh No More" (que eles começam a capela e depois explodem numa música de letra mais linda do mundo), "Roll Away Your Stone" e "Winter Winds". Sem frescura, eu tenho vontade de chorar de lembrar que perdi JUSTO essas! Enquanto corria para chegar no lugar, os acompanhava aos berros sozinha. O show é curto, com apenas 14 músicas no setlist. E mesmo depois de todos os esforços de Murphy de ferrar com a minha noite, o show de Mumford & Sons valeu a pena.
Foi de longe o mais lotado e animado que fui nos EUA. A banda é muito querida, o público gritava e aplaudia o tempo todo com muito entusiasmo, acampanhava todas as músicas com palmas. A banda demonstrava a gratidão e espanto pela ovação. O tecladista da banda, Ben Lovett (comentário de menininha: lindo de morrer), até disse "This is, by far, the biggest gig we've ever done". Eles são mestres em começar músicas apenas com violão e vozes, e no primeiro refrão explodir em música, acompanhados por uma iluminação fantástica (bem similar ao do show de Kings of Leon). E todos eles são multitarefas: tocam diversos instrumentos, revezam na bateria, cantam. É claro que o ponto alto do show foi "Little Lion Man" e "The Cave" (que fecha o show, a única tocada no bis). "Thistle and Weeds" e "Dust Bowl Dance" foram outros momentos marcantes. Além disso, incluíram no setlist quatro músicas novas, e só tenho a dizer que estou ansiosa pelo próximo álbum.
Para fechar a noite, minha câmera quebrou e me deixou na mão apenas com meu iPod. Não tenho fotos decentes, só poucos vídeos de péssima qualidade e uma camiseta com as datas da tour americana deles, a "Gentlemen of the Road", que comprei na barraquinha oficial da banda. Esse vai ficar só pra mim e minha memória. No entanto, saí de lá com uma promessa: eu vou vê-los de novo.
sexta-feira, 3 de junho de 2011
Sobre viagens e músicas
É a música marcando minhas viagens, como faz com tudo e todas as fases da minha vida.
Coincidência musical
No hotel em Los Angeles, num caso contado em um post anterior, conhecemos o cantor pop americano Ali Pierre que, como ele nos previu, acabou pegando no Brasil. A música "Live It Up" é trilha da novela global "Insensato Coração" e parte de um dos CD's Summer Hits.
Em Miami, esbarramos com um grupo de argentinos em uma das baladas, e um deles (o segundo da esquerda para a direita na foto do site oficial) é guitarrista de uma banda (segundo eles) famosa na Argentina, a Fetzet. O plano do hermano era apertar a campainha da casa do Iggy Pop, em algum lugar de Miami, e entregar o CD da banda pessoalmente.
Caso ouvirem da banda por aí algum dia, fica marcado aqui que eu e minhas amigas demos sorte para estes artistas.
quarta-feira, 1 de junho de 2011
Key West
A cidade é destino de quem procura atividades na água: snorkeling, parasailing, pesca, passeios de barco. Nós, no entanto, resolvemos ficar por terra. Além da avenida principal, a Duval Av., com opções de restaurantes (inclusive um Hard Rock Cafe) e lojas - e algo a se comparar com as nossas feirinhas de praia, que eu tanto adoro -, três pontos precisam ser visitados.
O primeiro deles é o ponto que marca o extremo sul dos EUA e apenas 90 milhas de Cuba.
O segundo é a placa de 0 (zero) Miles da highway US 1, que começa (ou termina) ali e vai até o Canadá.
E o terceiro é a casa do autor norte-americano, que ajudou a tornar a cidade um ponto turístico dos EUA, Hernest Hemingway.
Key West é muito charmosa (uma das minhas cidades preferidas até agora), com casinhas antigas e muita gente andando nas ruas. As praias, no entanto, não são o ponto forte, usadas apenas para as atividades aquáticas. A ilha é chamada de Conch Republic, por ter sido fundada por imigrantes vindos de Bahamas conhecidos pelo nome de Conchs. Em todos os restaurantes, são servidos dois pratos típicos da cidade: Conch Fritters (bolinhos de mariscos) e Key Lime Pie (torta de limão, mas não tão boa quanto a nossa brazuca.
Vale muito a pena dar uma escapada de Miami para conhecer a ilha, mas não compensa passar mais que um final de semana.
terça-feira, 31 de maio de 2011
Um ano e três meses: I'M IN MIAMI BITCH!
Ficamos num hotel bem simples e barato em Miami Beach (ou North Beach), de cara com a praia. Único detalhe é que a parte realmente divertida da cidade, onde encontra-se toda a muvuca (lojas, restaurantes, bares, clubs), é em South Beach, pouco mais de 70 blocos de onde estávamos hospedadas. Resultado: ônibus pra ir e voltar de praia e balada todos os dias. Digo só que até o último dia já éramos experts no transporte público de Miami.
Com exceção desse episódio, Miami foi uma ótima experiência. Aproveitamos muito a praia, passeamos pela Lincoln Rd e Ocean Drive, duas ruas principais de South Beach com muitos restaurantes e lojas. Conhecemos o estúdio de tatuagem do Miami Ink (Infelizmente, não me tatuei. Uma estrela simples, vazada e preta, no pé iria sair por $350. Doeu a alma). Compramos lembrancinhas diversas. Eu e uma amiga, a Michelle, fizemos parasail (DEMAIS!). Saímos a noite, inclusive no Nikki Beach, o club mais conhecido de Miami. Alugamos bicicletas e fizemos toda a South Beach. Bebemos os drinks enormes dos restaurantes da Ocean Drive. Fomos pra Key West (tema para um próximo post). No fim dos oito dias, não dormiamos direito por uma semana, mas o corpo bronzeado e o bolso vazio indicavam uma viagem bem aproveitada.
sexta-feira, 20 de maio de 2011
31 de agosto de 2011
Deu de chegar hoje, véspera da minha última semana de férias nos EUA. Destino: Miami (FL). Oito dias debaixo do sol escaldante, passando o tempo em Miami Beach. E eu só tenho a dizer que eu estava precisando muito dessa folga. E do calor.
Só torcer para o mundo não acabar amanhã e arruinar a vacation.
quinta-feira, 12 de maio de 2011
Killjoys, make some noise [2]
quarta-feira, 11 de maio de 2011
Killjoys, make some noise [1]
Quando assisti ao show online deles em Los Angeles de lançamento do novo álbum Danger Days, era novembro de 2010, e só então me caiu a ficha que eles deveriam estar em turnê pelos EUA. Chequei o site oficial, e não deu outra. Ingressos pro show em Washington numa terça a noite esgotados. Apelei pra New York, num sábado, em abril de 2011. Companhia eu sabia desde então que não conseguiria. Aqui, sem diferença nenhuma do Brasil em 2008, não conhecia ninguém que gostasse da banda.
Tive quatro meses de espera. Deixei pra acertar albergue em cima da hora. Dois dias depois, o hostel me mandou um e-mail cancelando a reserva sem uma explicação sensata. Foi então que a mãe americana sugeriu uma mudança de planos: vender o ingresso de NY no eBay e comprar um para o show esgotado em DC, em maio. Paguei quase o dobro no novo ingresso, e acabei nem conseguindo vender o que já tinha. Não ficaria mais revoltada se não fosse pelo dinheiro que gastaria com a viagem de final de semana pra NY. Ônibus, hotel, comida. Saiu na mesma.
Mais duas semanas de espera.
Virei fã de My Chemical Romance, no finalzinho de 2005, quando eles apareceram com Helena. Quando já estavam estourando no mundo todo com o visual preto e vermelho, de cara pálida e ollheiras, do Three Cheers For Sweet Revenge, o segundo - e ainda meu preferido - álbum da banda. Foi amor a partir daí. Ia pra faculdade com a minha camiseta do desenho do casal ensanguentado da capa do CD, e sempre recebia olhares de desconfiança. O visual, no entanto, mesmo um tanto mórbido e dark, sempre foi algo que me atraiu na banda: inventam uma história completa a cada trabalho, nas letras, na divulgação, nos vídeos, no "uniforme" para os shows. Criam verdadeiros personagens a cada álbum. MCR é daquele tipo de artista que de genial para piada é um pulo. Daquelas bandas que você curte tanto (claramente, os acha geniais e não uma piada) que gostaria poder fazer com que as pessoas as enchergassem da mesma forma.
Gosto das músicas do Black Parade (2006) - não tanto quanto os outros dois primeiros álbuns - mas não gosto do visual. E depois de quatro anos sem lançar nada novo, o Danger Days: The True Lives of the Fabulous Killjoys não poderia ser resultado melhor pela espera toda. A banda inteira com o look reformulado, novos (e fantásticos) "uniformes" (as jaquetas criadas por Colleen Atwood - que SÓ ganhou o Oscar de Costume Design este ano por "Alice no País das Maravilhas"), Gerard de cabelo vermelho. E as músicas, é claro, muito boas.
Gerard Way, vocal, é uma história a parte. Desses casos de artistas tão talentosos que chegam a ser totalmente excêntricos. Ele é o responsável pela criação de todo o visual da banda. Formado pela Universidade de Artes Visuais de Nova York, também é quadrinista (autor de The Umbrella Academy, com arte do brasileiro Gabriel Bá). Desenhou a capa do álbum Three Cheers, as jaquetas e os personagens do vídeo "Na Na Na". Pacote completo no quesito talento. Além disso, Gerard tem propósito desde a criação da banda em ajudar com a música jovens "desperançosos", da mesma forma com que o MCR já o salvou duas vezes (quando era depressivo e alcoólatra).
E foi ontem, dia 10 de maio de 2011, que eu finalmente vi um show do My Chemical Romance, em Washington DC.
(continua no próximo post)
segunda-feira, 2 de maio de 2011
Sweetlife Festival
Pronto. Ontem (01), fui ao Sweetlife Festival, em Columbia (MD), um evento que celebra a vida e a comida saudáveis, com a apresentação de dez bandas/artistas de estilos diferentes no Merriweather Post Pavilion. O lugar tem um espaço grande em volta do gramado, onde foram montadas várias tendas de produtos naturais, todas destribuindo brindes (óculos, bastões de neon, salgadinhos, camisetas, adesivos).
Lupe Fiasco é um rapper com umas letras meio motivacionais. Gritando (e pedindo pra platéia gritar) "Hip Hop saved my life" durante todo o show, Fiasco diz coisas do tipo "Se você conhece alguém em depressão, ajudem-o a não desistir de lutar". A banda que o acompanha é muito boa, ele consegue segurar a atenção das pessoas o show todo, até mesmo durante um "discurso" de uns cinco minutos sobre o poder da juventude. "Ok, I'll shut up now" e volta ao setlist. Eu não o conhecia, mas várias das músicas tocadas foram acompanhadas com as pessoas cantando junto.
O melhor de todos foi, sem dúvida, o do DJ Gregg Michael Gillis, mais conhecido pelo nome artístico Girl Talk. Foi o show mais animado da minha vida. Ele faz uns mashups incríveis com músicas que NUNCA imaginaria combinar uma com a outra, de estilos completamente diferentes. Miley Cyrus, Black Sabbath, Bon Jovi, Ludacris, 50 Cent, Lady Gaga, Black Eyed Peas, Justin Timberlake... Girl Talk usa música de muita gente e a mistura fica perfeita. Com balões, confetes, e fãs dançando no palco o tempo todo, o show é uma grande festa. Não há palavra melhor para descrever . Não há um indivíduo parado.
E depois de um dia inteiro de shows - todos pontuais, seguindo a risca o lineup -, finalmente, às 20h55, entra a atração principal: The Strokes. Não foi dos melhores, me desculpem a sinceridade. É muito bom, mas curtíssimo, não passou de uma hora. Julian Casablancas estava absolutamente de arrasar: óculos escuros, o cabelo (como sempre) propositalmente sujo e desarrumado, jaqueta de couro. No entanto, o front man não é carismático. Chega até aparentar ser bem tímido. O setlist, com apenas 16 músicas, misturou clássicas com músicas do novo álbum Angles, como deveria ser. Mas eu nunca saí de um show tão triste como o deles. Não tocaram a minha música preferida da banda (uma que entraria fácil num top 10 músicas-da-minha-vida), You Only Live Once. Desacreditei. O show acabou e eu fiquei lá, plantada, olhando desmontarem o palco, esperando por um bis. E nada. NUNCA vi uma banda sair do palco e NÃO voltar para um bis. Não sei se era regra do festival, se estavam sem tempo... Só sei que me decepcionei nesse aspecto. Justiça seja feita, Reptilia é uma música MUITO boa ao vivo. Last Night fechou o show e foi bem emocionante. As novas Taken For a Fool (Casablancas errou um pedaço da letra) e Gratisfaction são duas das minhas preferidas do Angles e arrasaram no show. Com certeza, entretanto, não foi dos melhores shows da minha vida.
Mas o domingo foi maravilhoso. Um desses por mês e eu seria feliz para sempre. Nem a garoa constante e o friozinho chegaram perto de estragar o festival.terça-feira, 26 de abril de 2011
Shut up and sing it with me
Gerard: "... Shut up and sing it with me, na, na, na, na..."
Mais velho: Por que ele pode falar "cala a boca"?
Eu: É, é feio mesmo. Ele fala alguns palavrões nesse CD. Acho melhor ouvirmos outra coisa.
Mudo do álbum para a rádio.
Ludacris: "... And I love the way you shake that ass. Turn around and let me see them pants." (Pelo menos era a versão censurada de "Tonight" e Enrique Iglesias cantava "loving").
Eu: Quer saber, vamos desligar esse negócio.
sexta-feira, 22 de abril de 2011
Um ano e dois meses
Neste 14º mês consegui fazer algumas coisas diferentes que acabei perdendo ano passado. Por ser muito verde ainda na região, recém chegada, tentando me adaptar a mudança e rotina, deixei de participar de alguns programas. Este ano, consegui riscá-los da minha lista de coisas-a-serem-feitas-antes-de-voltar.
O segundo item riscado foi o baile da Academia Naval de Annapolis, capital de Maryland - estado vizinho, que divide Washington D.C. com a Virginia. Uma festa com banda e DJ no ginásio da escola para os alunos e qualquer um que comprar os ingressos de $10. Este evento merece uma explicação a mais.
(Detalhe: entramos de graça. Um blog publicou a informação errônea de que era possível comprar ingressos na entrada do evento, mesmo estando esgotados na venda online. O aspirante da porta teve "piedade" das quatro au pairs sem ingressos e nos deixou entrar sem pagar.)