Pronto. Ontem (01), fui ao Sweetlife Festival, em Columbia (MD), um evento que celebra a vida e a comida saudáveis, com a apresentação de dez bandas/artistas de estilos diferentes no Merriweather Post Pavilion. O lugar tem um espaço grande em volta do gramado, onde foram montadas várias tendas de produtos naturais, todas destribuindo brindes (óculos, bastões de neon, salgadinhos, camisetas, adesivos).
Lupe Fiasco é um rapper com umas letras meio motivacionais. Gritando (e pedindo pra platéia gritar) "Hip Hop saved my life" durante todo o show, Fiasco diz coisas do tipo "Se você conhece alguém em depressão, ajudem-o a não desistir de lutar". A banda que o acompanha é muito boa, ele consegue segurar a atenção das pessoas o show todo, até mesmo durante um "discurso" de uns cinco minutos sobre o poder da juventude. "Ok, I'll shut up now" e volta ao setlist. Eu não o conhecia, mas várias das músicas tocadas foram acompanhadas com as pessoas cantando junto.
O melhor de todos foi, sem dúvida, o do DJ Gregg Michael Gillis, mais conhecido pelo nome artístico Girl Talk. Foi o show mais animado da minha vida. Ele faz uns mashups incríveis com músicas que NUNCA imaginaria combinar uma com a outra, de estilos completamente diferentes. Miley Cyrus, Black Sabbath, Bon Jovi, Ludacris, 50 Cent, Lady Gaga, Black Eyed Peas, Justin Timberlake... Girl Talk usa música de muita gente e a mistura fica perfeita. Com balões, confetes, e fãs dançando no palco o tempo todo, o show é uma grande festa. Não há palavra melhor para descrever . Não há um indivíduo parado.
E depois de um dia inteiro de shows - todos pontuais, seguindo a risca o lineup -, finalmente, às 20h55, entra a atração principal: The Strokes. Não foi dos melhores, me desculpem a sinceridade. É muito bom, mas curtíssimo, não passou de uma hora. Julian Casablancas estava absolutamente de arrasar: óculos escuros, o cabelo (como sempre) propositalmente sujo e desarrumado, jaqueta de couro. No entanto, o front man não é carismático. Chega até aparentar ser bem tímido. O setlist, com apenas 16 músicas, misturou clássicas com músicas do novo álbum Angles, como deveria ser. Mas eu nunca saí de um show tão triste como o deles. Não tocaram a minha música preferida da banda (uma que entraria fácil num top 10 músicas-da-minha-vida), You Only Live Once. Desacreditei. O show acabou e eu fiquei lá, plantada, olhando desmontarem o palco, esperando por um bis. E nada. NUNCA vi uma banda sair do palco e NÃO voltar para um bis. Não sei se era regra do festival, se estavam sem tempo... Só sei que me decepcionei nesse aspecto. Justiça seja feita, Reptilia é uma música MUITO boa ao vivo. Last Night fechou o show e foi bem emocionante. As novas Taken For a Fool (Casablancas errou um pedaço da letra) e Gratisfaction são duas das minhas preferidas do Angles e arrasaram no show. Com certeza, entretanto, não foi dos melhores shows da minha vida.
Mas o domingo foi maravilhoso. Um desses por mês e eu seria feliz para sempre. Nem a garoa constante e o friozinho chegaram perto de estragar o festival.
Um comentário:
Disk MTV não faleceu, continua "vivo" com apresentação da Ellen Jabour. ;D
Pois é, todos que eu conheço que já foram no show do strokes dizem que ir em um show dos caras, tocar um cd em casa e/ou ouvir uma banda cover, dá a mesma sensação... tipo, "é bom, mas esperava mais da banda..."
Já saí assim de shows várias vezes, no caso foram as bandas Arctic Monkeys, Kings of Leon e Smashing Pumpkins. Aliás, o show do Smashing foi no Planeta Terra do ano passado e depois deles tocou Girl Talk. Nem curti ou me empolguei, talvez pela decepção com o Smashing ou até mesmo o cansaço. Acabei indo embora...
PS: "na minha pré-adolescência", me sinto velho rs
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