terça-feira, 11 de outubro de 2011

Civic Tour: My Chemical Romance e Blink-182

A volta do intercâmbio pode ser tão complicada quanto a ida. Não nas mesmas proporções. Igual quantia de neuroses, motivos diferentes. Enquanto tento resolver a revolução que se passa na minha cabeça, pensei em escrever os posts pendentes sobre os acontecimentos nos meus últimos dias de Estados Unidos. (E não deixar meu blog tão abandonado só porque estou de volta. Afinal, criei sentimentos por ele depois de todos esses meses.)

O primeiro assunto: meu último - melhor e mais importante - show. A Honda Civic Tour completou dez anos de estrada. Blink-182, depois de muito tempo inativo, foi escolhido para comemorar o marco da primeira década de turnê. E para abrir o show do trio, chamaram -nada mais, nada menos que - MY CHEMICAL ROMANCE. (Obrigada, deus da música ao vivo, por ouvir minhas preces.)



Mais uma vez, eu estava sozinha e consegui ingresso para a fileira A/cadeira 1, separada do palco apenas pelo pequeno espaço em que as pessoas ficam em pé. Para abrir o show de abertura (?), a banda Manchester Osquestra tocou por meia hora. Não prestei muita atenção em tudo, mas ficou marcado uma das falas do vocalista: "We are a good band. You just don't know about it yet". We'll see, my man, we'll see. O show do MCR foi sensacional (afirmação redundante, devo dizer), mas curto. Muito curto. Metade das músicas do setlist do show de maio. No entanto, tive sorte da banda ignorar os dois singles principais do Danger Days (Na Na Na e SING) e tocar minhas duas músicas preferidas do novo (não tão mais novo assim. Quando sai o próximo, MCR?) álbum: Planetary (GO!) e DESTROYA. E mais umas duas músicas que não estavam no outro setlist. A Civic Tour preparou umas distrações para o público: logo no comecinho, alguns balões gigantes foram jogados na platéia, e passados de mão em mão até chegarem no palco, onde Gerard os estourava (e confetes caíam de dentro de cada um deles) enquanto cantava.


Meia hora depois de MCR deixar o palco, Blink-182 entrou para tocar mais de 20 músicas por duas horas. O show é divertido. Não bastasse as músicas teenager-feelings-forever, Mark Hoppus e Tom DeLonge se tiram e interagem com a platéia o tempo inteirinho. Um exemplo: num dos intervalos entre uma música em outra, DeLonge diz...

Tom: Our next song...
Mark: Wait! We need to work on our band communication. We can't start playing right now. Travis is getting a band-aid cause his thumb looks like a ham sandwich. No wait, his thumb looks like your mom after a Friday night.

Ou então, logo após encerrar uma música...
Tom: Why are you staring at me, you perverts!??? I'm giving my everything! Isn't it enough?

Ou ainda as famosas musiquinhas de DeLonge "It would be nice to have a blow job" e "I wanna fuck a dog" (a qual a platéia começa a cantar junto e ele diz "It's like a dream come true you guys singing this back to me").


Não só essa música foi acompanhada pelo público. Blink-182 é uma banda imortal. Todos presentes respeitaram e curtiram o show do My Chemical, mas a maioria esmagadora estava lá pelo Blink. Sabiam todas as letras de cor, jogavam bonecas infláveis e peças íntimas no palco, usavam máscaras do Boomer (personagem de DeLonge no clipe "First Date"), tinham cabelos tingidos de verde ou roxo. Essa comoção faz qualquer show ser ainda mais emocionante. E para ser um pacote completo, Travis Barker fez seu solo de bateria, no bis, numa armação a parte do palco, passando acima do público e virando de ponta cabeça. Ao terminar o show, Hoppus sentou na beira do palco e entregou todas as suas palhetas na mão de fãs. E eu saí me despedindo da casa de shows que me proporcionou tantas memórias nesses meses.

Um comentário:

Mirela das Neves disse...

tamanha foi a descrição que senti a emoção daqui...
=]