Logo após acabar meus dias como au pair, recebi parte da minha família na minha casa americana, e compartilhei o sonho da minha mãe de conhecer os Estados Unidos. Uma viagem de quase 10 dias pela Virginia, Washington DC e Nova York, ao lado dela e de meu irmão, fechou minha experiência na América.
E então foi o momento de rever família e amigos após 18 meses fora. E mesmo depois de perder quase três meses numa depressão pós intercâmbio (e procurando curar minha cachorra adoecida), 2011 ainda tinha planos para me surpreender: consegui ocupar minha mente com meu primeiro trabalho em tradução e redação.
(Observação: mudei de cor de cabelo em menos de dois meses mais vezes que Ramona Flowers em Scott Pilgrim.)
Agora, nos últimos momentos que me restam deste ano tão bom, mais uma vez, eu sou muito grata por tudo que conquistei e me foi proporcionado. No entanto, minha consciência grita, como para não me deixar esquecer, que à meia noite, quando 2011 virar 2012, eu vou deixar pra trás o último ano em que eu vivi nos EUA. E me dói pensar que isso agora é parte do passado. E que os detalhes se tornarão, a cada dia que passa, memórias vagas.
Mas não é isso que acontece com tudo que a gente vivencia na vida? E se dói agora é porque foi bom enquanto durou, quase como no fim de um relacionamento que terminou sem brigas. Simplesmente porque tinha de terminar. O intercâmbio me fez outra pessoa e me agregou coisas que nunca aconteceriam se eu continuasse por aqui. 2012 é o ano da volta a vida real. E isso me aflige do mesmo tanto que me intriga.
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