terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Extension approved

Agora é oficial. Minha extensão foi aprovada!

"Hi Brenda, your extension was approved on December 16th. You should
receive a packet in the mail with your new DS 2019 very soon"

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Dez meses

Desde 2006, os meus anos disputam qual foi o melhor de todos. 2006 (além de ter sido meu primeiro ano no curso de Jornalismo) já começou, logo em fevereiro, com o melhor dia da minha vida: o show do U2 no Morumbi. Pouco depois, em junho, entrei para o voluntariado do canal local Net Cidade, em Americana - que na época ainda era Vivax 21. Dediquei todo meu tempo livre em aprender - coisas que nem a faculdade me ensinou -, e conheci amigos fantásticos que quero e vou levar pra vida toda. Melhor ainda foi ter todo o tempo dedicado reconhecido em prêmios de Melhor Repórter e Revelação na nossa comemoração de fim de ano. Também foi o ano em que fiz minha tattoo.

Em 2007, eu consegui meu estágio na rádio municipal de Santa Bárbara d'Oeste. Outro ano rico em aprendizado. E foi durante ele, também, que me apaixonei de verdade pelo meu curso da faculdade.

Após morar quase a vida toda em apartamento e dividir quarto por 18 anos com meu irmão, em 2008, eu e minha família nos mudamos para a casa dos nossos sonhos. E eu pude decorar meu próprio quarto (com direito até a parede roxa). Foi o ano de assistir stand-ups em teatros municipais.

2009 já bastaria só pelo fato de eu ter realizado um dos maiores sonhos da minha vida: adotar um cachorro. Amelie entrou pra família em abril e ganhou todos nós instantaneamente. Mas além disso, eu e meu grupo da faculdade ganhamos o Prêmio Losso Netto de Jornalismo da Unimep, como melhor Trabalho de Conclusão de Curso do ano. 

Foi em 2009, também, que eu descobri o programa de au pair e passei a segunda metade dele enrolada em todos os processos necessários para fazer parte dele - no tempo que a monografia não me consumia. Teste na agência, preencher formulários, visto, match com a família... E depois de tudo estar certo para a viagem, era unânime a opinião de todos: "2010 vai ser o ano da sua vida". Eu nunca duvidei disso (bem... talvez levemente no meu primeiro mês aqui, durante a adaptação). Mas eu acho que nada que me dissessem ou que eu pudesse imaginar me prepararia para o que este ano viria a significar pra mim.

Graças a Deus, os anos têm sido bons comigo, mas 2010 me deixa sem palavras. Nunca achei que fosse possível realizar tantos sonhos em 365 dias. Desde os maiores (o de morar em outro país) aos de infância (conhecer a Disney), os culturais (os shows, as peças na Broadway, Cirque du Soleil) aos turísticos (NY, LA, Las Vegas, Washington DC), ou até mesmo os mais bobos, simples (andar em montanhas-russas loucas, dirigir numa viagem longa, conseguir entender e ser entendida em inglês, ver neve). É uma lista sem fim.

O ano acabou e, como de costume, não consigo acreditar o quão rápido tudo passou. Para todos que me avisaram: vocês estavam certos. 2010 foi o ano da minha vida.

PS: completei dez meses aqui no dia 22, estou poucos dias atrasada com o post.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

I want to be a part of it

Passei um segundo final de semana em Nova York. Um dia e meio é suficiente para colocar em prática uma lista do-que-fazer-enquanto-estiver-na-Big-Apple, pra quem está disposto a andar muito, mesmo estando muito frio.

Eis a minha lista/viagem:

1) Assistir a (mais) uma peça na Broadway. Desta vez, a escolhida foi "Chicago". É maravilhosa, engraçada, mas mesmo assim ainda não ganha de Billy Elliot.


2) Visitar os pontos da cidade famosos pelos enfeites de Natal. Esse era um sonho antigo meu, ver a árvore do prédio Rockefeller e todos aqueles cenários de filmes americanos. Verdade seja dita, não é nada de tão glamoroso, mas não deixa de ser lindo como qualquer cidade com enfeites e luzes natalinas.



3) Atravessar a ponte do Brooklyn. Foi necessário quebrar a cabeça e pedir informações pras pessoas (algumas que sabiam tanto quanto a gente) de que metrô pegar pra chegar no começo da ponte. (Metrô em Nova York é um tanto difícil de entender, bem diferente de Washington DC.) Conseguimos, então, chegar na extremidade que começa no Brooklyn e a atravessamos até Manhattan. Acredito ter sido o meu momento mais emocionante nas minhas três visitas à NY.


4) Sair a noite. A ideia inicial era balada, mas acabou não rolando. Fomos, então, passear no Village, andando de barzinho em barzinho. Paramos nuns três, fugindo da chuva. Todos bem pequenos, pouca luz, e rock/punk de fundo musical. (Não entendo por qual razão, mas não tiramos nenhuma foto por lá!)

5) Conhecer a Grand Station. É claro que é um ponto turístico famoso da cidade e um lugar muito lindo, no entanto minha vontade de visitar a estação era pelo simples motivo de ver o lugar em que Alex, Melman, Marty e Gloria, de Madagascar, resolveram fugir de NY.


6) Reencontrar pessoas queridas. Das 16 meninas que vieram comigo e com a Ana Paula no mesmo dia para os EUA, umas cinco delas moram perto de NY. Conseguimos nos encontrar com três - queridíssimas - delas. (Meninas, vocês são umas fofas! Foi ótimo revê-las! Obrigada pela estadia, Thici!)


Só faltou mesmo conhecer o prédio de Friends (que fica no Village, e eu só descobri isso hoje). Próxima viagem para NY já está marcada para abril, pra assistir ao show do My Chemical Romance. Pretendo, nesse mesmo final de semana, ver o musical "Spider Man - Turn Off the Dark", que estreou há pouquíssimo tempo, com direção de Julie Taymor (Across the Universe) e músicas de Bono Vox e Edge. Básico. Os ingressos estavam absurdamente caros por ser um espetáculo bem recente. Ficou pra próxima.

domingo, 5 de dezembro de 2010

Weekend course 2 - I'm half way there

Ter dúvidas sobre a decisão de estender o programa é normal, mas incomoda. Aliás, qualquer dúvida é incômoda - e dependendo da decisão a se tomar também pode ser bastante. Nesse final de semana, no entanto, provei a mim mesma que realmente quero ficar esses seis meses extras.

Fui ao segundo e último curso para au pairs na faculdade em Baltimore. Como já mencionei, as aulas não são lá grandes coisas, e não me interessam muito a não ser o fato de que me darão os créditos exigidos pela Au Pair in America. Seis créditos completos por dois finais de semana de aulas entediantes.

Para completar o curso, cada au pair precisa comprovar dez horas de trabalho voluntário em alguma organização relacionada ao tema das aulas, mais um texto de cinco páginas sobre a experiência na área. Pratiquei todo meu talento de "encher linguíça", que deixaria qualquer dos meus professores de jornalismo de cabelo em pé (de decepção), para escrever sobre o tantinho de experiência que eu tenho em Turismo e Hospitalidade.

O trabalho não foi o problema, já que a coordenadora do curso não os lê de verdade. Só garante que cada au pair não escreva nem uma linha a menos na quinta página. O trabalho voluntário, entretanto, foi bem difícil de conseguir e só fui resolve-lo completamente - com certificado preenchido e assinado - na noite de sexta-feira anterior ao final de semana.

Como agravante, minha família americana havia recebido uma carta da Au Pair in America, na quinta-feira, dizendo que só poderia enviar nossos documentos para o governo americano autorizar a extensão após receberem o comprovante dos meus estudos. A possibilidade de não conseguir meus créditos - e por consequência a extensão - me despertou um desespero surpreendente. Esse tipo de situação - quando ainda há dúvida sobre uma decisão - sempre desperta em mim a fé no destino: o que tiver de ser será.

Mas aos poucos, eu já tinha acumulado planos para os seis meses a mais que pretendo passar aqui. Minha matrícula para as próximas aulas do curso de intérprete já está paga e elas só terminarão em março (um mês depois de completar um ano nos EUA). O ingresso para o show do My Chemical Romance em Nova York em abril já está comprado. Ainda tenho esperança de conseguir ir à premiere do último filme da série Harry Potter em julho. Não visitei nem metade da minha lista-de-cidades-americanas-que-eu-quero-conhecer, nem completei a minha lista de shows-nos-EUA.

Pensar em ir embora sem colocar tudo isso em prática me pareceu o mesmo de desistir no meio do caminho. De missão não cumprida.

Depois de um final de semana sonolento, frio de doer, passado inteiro dentro de salas de aulas, eu dei mais um passo para conseguir minha extensão. Completei meus seis créditos. Agora a decisão é do governo americano.