quinta-feira, 23 de junho de 2011

Um ano e quatro meses: IT WAS A BEAUTIFUL DAY

O dia 22 de junho de 2011 marcou meu 16º mês morando nos EUA, meus 23 anos de idade, e uma das melhores noites da minha vida. O presente de Natal que ganhei dos pais americanos levou seis meses para ser usado: um par de ingressos para o show do U2, da turnê 360° - que passou pelo Brasil em abril -, em Baltimore (MD). Calhou de cair justamente no dia do meu aniversário.

Como de costume, peguei o trânsito de ficar trancada dentro do carro por três horas, mas dessa vez tinha com quem dividir a ansiedade. Perdemos o show de abertura da Florence and the Machine. Escutavamos o vozeirão da mulher de dentro do carro, enquanto achavamos um lugar para estacionar na bagunça. Ainda assim, conseguimos um lugar ótimo, com uma só pessoa nos separando da grade do palco que circula a inner área. Mais uma vez, os shows nos EUA provam ser bem mais sossegados que no Brasil: sem aperto e empurra-empurra. Mesmo chegando relativamente atrasadas, foi tranquilo passar pelas pessoas que já se aglomeravam em volta do palco. Algumas delas até cederam os lugares para nós porque minha amiga é bem baixinha (sim, mais baixa que eu).

E a história se repete. Em 2006, assisti a Vertigo Tour em São Paulo e consegui aos poucos chegar pertinho de quatro caras que mais admiro no mundo da música. Show do U2 nunca é um simples show. É um espetáculo. A banda certamente tem complexo de grandeza, conseguem criar um evento maior, melhor, de cair o queixo a cada turnê. A estrutura do palco de (dã!) 360° e a iluminação são absurdas. As passarelas que ligam o palco central ao círculo que contorna a inner área se movem o tempo todo durante as duas horas de show e levam o Bono (que não para um minuto) para todas as partes da estrutura. O setlist é montado complementado e intercalado com os vídeos no telão e as mensagens do Bono, e muda de leve a cada show. Pontos altos: "Beautiful Day", "Where The Streets Have No Name", "One", e a minha preferida "Walk On". Apesar de preferir a versão original de "I'll Go Crazy If I Don't Go Crazy Tonight", o remix da música foi uma das melhores partes do show porque Bono, The Edge, Adam e Larry passeiam pelo círculo, pertinho de onde eu estava.


E depois, a sensação de pós-show de alma lavada e corpo quebrado. Uma noite memorável de aniversário. Um sonho de uma noite de verão em Baltimore. A última coisa que Bono Vox falou antes de deixar o show foi "Don't forget about us". Nem se quisesse, Bono. Nem se eu quisesse...

Um comentário:

Kevin disse...

sério q vc prefere a original de "I'll Go Crazy If I Don't Go Crazy Tonight"?? Eu paguei mto pau para a versão do show, achei mto mais massa...

Aqui, pelo menos no show q eu vi, não cantaram Pride é mole?? Mas o bom foi eles cantando "Hold Me, Thrill Me..." no lugar de Ultraviolet \o/

Melhor show ever!