sexta-feira, 10 de junho de 2011

Mumford & Sons

Ir sozinha a shows já não é muito agradável. Ficar presa no trânsito de Washington D.C. e fazer um caminho que normalmente levaria uma hora em três agravam um pouquinho mais. Se isso não bastasse, estacionar o carro a 1km da casa de show, o Merriweather Post Pavilion, e correr desesperada porque o show já tinha começado foi a cereja do bolo da saga até o show do Mumford & Sons, em Columbia (MD).

Minha admiração pela banda é recente, só os conheci na apresentação de "The Cave" ao vivo no Grammy deste ano, no dia 13 de fevereiro. Foi amor à primeira vista. A música entrou imediatamente entre as minhas preferidas de todos os tempos. Comprei o álbum "Sigh No More" e me viciei na banda de folk formada por Marcus Mumford (voz e violão), Ben Lovett (teclado), Country Winston (banjo), e Ted Dwane (contrabaixo), todos nos seus 20 e poucos anos. Checando a agenda de shows deles nos EUA (a banda é britânica) com frequência, finalmente foi adicionado uma data perto de onde moro. Sem conhecer ninguém que gostasse da banda, resolvi ir sozinha nesse também.

Perdi as três primeiras músicas do show de ontem (09): "Sigh No More" (que eles começam a capela e depois explodem numa música de letra mais linda do mundo), "Roll Away Your Stone" e "Winter Winds". Sem frescura, eu tenho vontade de chorar de lembrar que perdi JUSTO essas! Enquanto corria para chegar no lugar, os acompanhava aos berros sozinha. O show é curto, com apenas 14 músicas no setlist. E mesmo depois de todos os esforços de Murphy de ferrar com a minha noite, o show de Mumford & Sons valeu a pena.

Foi de longe o mais lotado e animado que fui nos EUA. A banda é muito querida, o público gritava e aplaudia o tempo todo com muito entusiasmo, acampanhava todas as músicas com palmas. A banda demonstrava a gratidão e espanto pela ovação. O tecladista da banda, Ben Lovett (comentário de menininha: lindo de morrer), até disse "This is, by far, the biggest gig we've ever done". Eles são mestres em começar músicas apenas com violão e vozes, e no primeiro refrão explodir em música, acompanhados por uma iluminação fantástica (bem similar ao do show de Kings of Leon). E todos eles são multitarefas: tocam diversos instrumentos, revezam na bateria, cantam. É claro que o ponto alto do show foi "Little Lion Man" e "The Cave" (que fecha o show, a única tocada no bis). "Thistle and Weeds" e "Dust Bowl Dance" foram outros momentos marcantes. Além disso, incluíram no setlist quatro músicas novas, e só tenho a dizer que estou ansiosa pelo próximo álbum.

Para fechar a noite, minha câmera quebrou e me deixou na mão apenas com meu iPod. Não tenho fotos decentes, só poucos vídeos de péssima qualidade e uma camiseta com as datas da tour americana deles, a "Gentlemen of the Road", que comprei na barraquinha oficial da banda. Esse vai ficar só pra mim e minha memória. No entanto, saí de lá com uma promessa: eu vou vê-los de novo.

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