quinta-feira, 30 de junho de 2011

Salt Water Taffy

Espalhadas pelo Boardwalk de Ocean City, encontram-se lojas de doces chamadas Candy Kitchen de fazer brilhar os olhos. Balas e chocolates de todos os tipos, enormes pirulitos, e outras diversas guloseimas. Achei entre elas, um doce que há tempo tinha vontade de experimentar: salt water taffy. A curiosidade sobre a bala criou-se por causa de um episódeo do seriado Friends. E agora posso responder as perguntas de Phoebe: "WHAT THE MOTHER CRAP IS UP WITH THIS STUFF? Is it a gum? Is it food? What's the deal?"

São balas coloridas de sabores sortidos, grudentas, de mastigar. Doces, mas sem exagero, com gosto bem suave - com exceção da de menta -, o que faz com que elas não sejam enjoativas. São gostosas, mas nada fora do normal. Ao voltar de viagem, esqueci a caixa de doce no porta-malas por três dias seguidos; quando as encontrei, estavam todas derretidas. O calor não as estragou, mas o embrulho está grudado e pegajoso em todas as balinhas...

domingo, 26 de junho de 2011

Ocean City

Como se um show do U2 como comemoração de aniversário não fosse suficiente, eu e minhas amigas resolvemos encher uma mochila e partir para a praia por um final de semana. Ocean City é uma cidade praiana de Maryland, estado vizinho da Virginia, a três horas de casa.

Até agora, foi minha praia preferida nos EUA, colorida, barulhenta e movimentada. Além disso, antes de começar a areia, tem uma passarela bem comprida, a Boardwalk, com inúmeros bares e lojas, que dá o ar e a cara que uma praia deve ter. Passamos manhã e tarde de sábado deitadas na areia. E a noite, ficamos direto, suadas e cheirando a bronzeador, para passear pela orla toda e conhecer o parque de diversões no píer da praia. Bem coisa de filme. Até andamos na roda gigante.

Uma dica para viagens de au pairs pelos EUA: a rede de motéis 6 é limpa e confortável o suficiente e provavelmente a opção mais barata para passar uma ou duas noites.

No domingo, ainda conseguimos passar mais umas duas horinhas na praia antes de levantar acampamento e voltar para casa.

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Um ano e quatro meses: IT WAS A BEAUTIFUL DAY

O dia 22 de junho de 2011 marcou meu 16º mês morando nos EUA, meus 23 anos de idade, e uma das melhores noites da minha vida. O presente de Natal que ganhei dos pais americanos levou seis meses para ser usado: um par de ingressos para o show do U2, da turnê 360° - que passou pelo Brasil em abril -, em Baltimore (MD). Calhou de cair justamente no dia do meu aniversário.

Como de costume, peguei o trânsito de ficar trancada dentro do carro por três horas, mas dessa vez tinha com quem dividir a ansiedade. Perdemos o show de abertura da Florence and the Machine. Escutavamos o vozeirão da mulher de dentro do carro, enquanto achavamos um lugar para estacionar na bagunça. Ainda assim, conseguimos um lugar ótimo, com uma só pessoa nos separando da grade do palco que circula a inner área. Mais uma vez, os shows nos EUA provam ser bem mais sossegados que no Brasil: sem aperto e empurra-empurra. Mesmo chegando relativamente atrasadas, foi tranquilo passar pelas pessoas que já se aglomeravam em volta do palco. Algumas delas até cederam os lugares para nós porque minha amiga é bem baixinha (sim, mais baixa que eu).

E a história se repete. Em 2006, assisti a Vertigo Tour em São Paulo e consegui aos poucos chegar pertinho de quatro caras que mais admiro no mundo da música. Show do U2 nunca é um simples show. É um espetáculo. A banda certamente tem complexo de grandeza, conseguem criar um evento maior, melhor, de cair o queixo a cada turnê. A estrutura do palco de (dã!) 360° e a iluminação são absurdas. As passarelas que ligam o palco central ao círculo que contorna a inner área se movem o tempo todo durante as duas horas de show e levam o Bono (que não para um minuto) para todas as partes da estrutura. O setlist é montado complementado e intercalado com os vídeos no telão e as mensagens do Bono, e muda de leve a cada show. Pontos altos: "Beautiful Day", "Where The Streets Have No Name", "One", e a minha preferida "Walk On". Apesar de preferir a versão original de "I'll Go Crazy If I Don't Go Crazy Tonight", o remix da música foi uma das melhores partes do show porque Bono, The Edge, Adam e Larry passeiam pelo círculo, pertinho de onde eu estava.


E depois, a sensação de pós-show de alma lavada e corpo quebrado. Uma noite memorável de aniversário. Um sonho de uma noite de verão em Baltimore. A última coisa que Bono Vox falou antes de deixar o show foi "Don't forget about us". Nem se quisesse, Bono. Nem se eu quisesse...

terça-feira, 14 de junho de 2011

Stars and Stripes

A bandeira americana é o símbolo maior do patriotismo nos EUA. Encontra-se uma a cada esquina, em qualquer lugar. São expostas nas varandas das casas, penduradas nas janelas. Estão ali sem motivo maior algum a não ser exaltar "Sou americano. Eu amo e me orgulho do meu país".

No dia 14 de junho, os norte-americanos comemoram o Flag Day. Hoje, ao chegar da escola, o menino mais velho veio todo contente mostrar um livrinho que ele e os alunos da classe do Pré montaram com a historinha da criação da bandeira:



"Betsy Ross - Stars and Stripes
Long ago, our country fought a war to be free.
America need a flag.
The people say that George Washington asked Betsy Ross to make the first flag.
There were 13 states in the new nation.
They say Betsy Ross made one star for each state.
They say Betsy Ross made one stripe for each state.
Today there are 50 states.
Today our flag has 50 stars and 13 stripes.
The American Flag is symbol of our country.
June 14 is Flag Day.
We remember the story of Betsy Ross and her flag."

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Mumford & Sons

Ir sozinha a shows já não é muito agradável. Ficar presa no trânsito de Washington D.C. e fazer um caminho que normalmente levaria uma hora em três agravam um pouquinho mais. Se isso não bastasse, estacionar o carro a 1km da casa de show, o Merriweather Post Pavilion, e correr desesperada porque o show já tinha começado foi a cereja do bolo da saga até o show do Mumford & Sons, em Columbia (MD).

Minha admiração pela banda é recente, só os conheci na apresentação de "The Cave" ao vivo no Grammy deste ano, no dia 13 de fevereiro. Foi amor à primeira vista. A música entrou imediatamente entre as minhas preferidas de todos os tempos. Comprei o álbum "Sigh No More" e me viciei na banda de folk formada por Marcus Mumford (voz e violão), Ben Lovett (teclado), Country Winston (banjo), e Ted Dwane (contrabaixo), todos nos seus 20 e poucos anos. Checando a agenda de shows deles nos EUA (a banda é britânica) com frequência, finalmente foi adicionado uma data perto de onde moro. Sem conhecer ninguém que gostasse da banda, resolvi ir sozinha nesse também.

Perdi as três primeiras músicas do show de ontem (09): "Sigh No More" (que eles começam a capela e depois explodem numa música de letra mais linda do mundo), "Roll Away Your Stone" e "Winter Winds". Sem frescura, eu tenho vontade de chorar de lembrar que perdi JUSTO essas! Enquanto corria para chegar no lugar, os acompanhava aos berros sozinha. O show é curto, com apenas 14 músicas no setlist. E mesmo depois de todos os esforços de Murphy de ferrar com a minha noite, o show de Mumford & Sons valeu a pena.

Foi de longe o mais lotado e animado que fui nos EUA. A banda é muito querida, o público gritava e aplaudia o tempo todo com muito entusiasmo, acampanhava todas as músicas com palmas. A banda demonstrava a gratidão e espanto pela ovação. O tecladista da banda, Ben Lovett (comentário de menininha: lindo de morrer), até disse "This is, by far, the biggest gig we've ever done". Eles são mestres em começar músicas apenas com violão e vozes, e no primeiro refrão explodir em música, acompanhados por uma iluminação fantástica (bem similar ao do show de Kings of Leon). E todos eles são multitarefas: tocam diversos instrumentos, revezam na bateria, cantam. É claro que o ponto alto do show foi "Little Lion Man" e "The Cave" (que fecha o show, a única tocada no bis). "Thistle and Weeds" e "Dust Bowl Dance" foram outros momentos marcantes. Além disso, incluíram no setlist quatro músicas novas, e só tenho a dizer que estou ansiosa pelo próximo álbum.

Para fechar a noite, minha câmera quebrou e me deixou na mão apenas com meu iPod. Não tenho fotos decentes, só poucos vídeos de péssima qualidade e uma camiseta com as datas da tour americana deles, a "Gentlemen of the Road", que comprei na barraquinha oficial da banda. Esse vai ficar só pra mim e minha memória. No entanto, saí de lá com uma promessa: eu vou vê-los de novo.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Sobre viagens e músicas

Eu já ouvi "Empire State of Mind" em Nova York, "California Gurls" na Califórnia, e "I'm in Miami Bitch" em Miami. Já dancei "Party in the USA" em várias festas nos EUA. Beatles vai sempre me fazer lembrar de Nova York. "Like a G6" do Far East Moviment vai ser sempre a cara de Los Angeles e "Down On Me" do Jeremih a cara de Miami.

É a música marcando minhas viagens, como faz com tudo e todas as fases da minha vida.

Coincidência musical

No hotel em Los Angeles, num caso contado em um post anterior, conhecemos o cantor pop americano Ali Pierre que, como ele nos previu, acabou pegando no Brasil. A música "Live It Up" é trilha da novela global "Insensato Coração" e parte de um dos CD's Summer Hits.

Em Miami, esbarramos com um grupo de argentinos em uma das baladas, e um deles (o segundo da esquerda para a direita na foto do site oficial) é guitarrista de uma banda (segundo eles) famosa na Argentina, a Fetzet. O plano do hermano era apertar a campainha da casa do Iggy Pop, em algum lugar de Miami, e entregar o CD da banda pessoalmente.



Caso ouvirem da banda por aí algum dia, fica marcado aqui que eu e minhas amigas demos sorte para estes artistas.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Key West

Key West (FL) é uma cidadezinha no extremo sul dos EUA, na pontinha da Flórida, a pouco mais de 200 km de Miami. Para chegar nela, é preciso dirigir por três horas por pontes, inclusive uma de sete milhas, e passar por diversas outras ilhas, conhecidas por Florida Keys. Pegamos um ônibus de tour na quarta de manhã, antes do sol nascer e passamos uma tarde por lá, andando a pé de norte a sul da ilha, na companhia de um sol de rachar.

A cidade é destino de quem procura atividades na água: snorkeling, parasailing, pesca, passeios de barco. Nós, no entanto, resolvemos ficar por terra. Além da avenida principal, a Duval Av., com opções de restaurantes (inclusive um Hard Rock Cafe) e lojas - e algo a se comparar com as nossas feirinhas de praia, que eu tanto adoro -, três pontos precisam ser visitados.

O primeiro deles é o ponto que marca o extremo sul dos EUA e apenas 90 milhas de Cuba.

O segundo é a placa de 0 (zero) Miles da highway US 1, que começa (ou termina) ali e vai até o Canadá.


E o terceiro é a casa do autor norte-americano, que ajudou a tornar a cidade um ponto turístico dos EUA, Hernest Hemingway.


Key West é muito charmosa (uma das minhas cidades preferidas até agora), com casinhas antigas e muita gente andando nas ruas. As praias, no entanto, não são o ponto forte, usadas apenas para as atividades aquáticas. A ilha é chamada de Conch Republic, por ter sido fundada por imigrantes vindos de Bahamas conhecidos pelo nome de Conchs. Em todos os restaurantes, são servidos dois pratos típicos da cidade: Conch Fritters (bolinhos de mariscos) e Key Lime Pie (torta de limão, mas não tão boa quanto a nossa brazuca.


Vale muito a pena dar uma escapada de Miami para conhecer a ilha, mas não compensa passar mais que um final de semana.