segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Holidays


De alguns anos pra cá, a magia natalina deixou de aparecer com a força de antigamente e deu lugar a deprê de fim de ano. O Natal sempre foi minha data preferida - mais do que meu próprio aniversário -, e é, pra mim, sinônimo de família. Achei que por estar longe de casa e de todos a bad ia ser pior, mas inexplicavelmente não foi. Resolveu dar uma pontinha no dia 23, e eu tentei driblá-la como pude. No dia 24, quando eu achei que ela ia me vencer, o skype me salvou novamente. A família toda estava lá, reunida em frente ao computador, me esperando para revelar o amigo-secreto, do qual eu fiz parte pela webcam.

O Natal, mesmo nos EUA, foi familiar. Passei com meus pais americanos, os meninos e a família paterna. Na manhã do dia 25 foram mais de duas horas abrindo presentes em frente a árvore. Nunca vi uma criança ganhar tanta coisa num dia só. E aparentemente é tradição natalina americana. Dar tantos brinquedos para uma criança, independente da idade, a ponto dela enjoar de abrir pacotes e mais pacotes. Porém Papai Noel foi bom pra mim também: meus pais americanos me deram ingresso para o show do U2, em Baltimore, no dia 22 de junho, mais conhecido como meu aniversário, e mais oito CD's da banda.

O Reveillon eu passei com duas amigas. Compramos ingressos para uma festa no New Year's Eve em um club em Arlington, uma cidade a meia hora da minha casa. Outra tradição americana é a de alugar um quarto de hotel para que ninguém se preocupe em dirigir depois da festa - e não se preocupar também com motoristas embriagados pelo caminho. Gostamos da ideia e pagamos por uma noite no hotel Hyatt, a três minutos do lugar da festa.

Pelo ingresso que pagamos, tínhamos direito a jantar, quatro drinks e champagne na hora do brinde da virada. Ganhamos tiaras e cornetas de Happy New Year, a comida estava muito boa e podíamos escolher qualquer bebida do bar. A banda e o DJ tocaram o de sempre, o que normalmente me agrada e dá pra dançar. Teve até balões caindo depois da contagem regressiva, à meia noite. Foi muito divertido e seria tudo perfeito se não fosse o meu vestido.

O incidente da virada




Como nos EUA não tem a frescura de usar branco no Reveillon e eu nunca gostei dessa tradição brasileira, aproveitei e comprei um vestido preto na Forever XXI. E devo dizer que estava encantada por ele. Pouco antes de sair para a festa, tirando fotos já arrumadas no quarto do hotel, o zíper do vestido resolve quebrar (foto 1). Minhas amigas, com muito custo, me ajudaram a consertar o infeliz. Como não tinha nenhuma outra opção de vestuário, o negócio foi arriscar a sorte e tentar não me mexer muito. É claro que não adiantou. Na festa, enquanto dançava (foto 2), o zíper deu o mesmo problema e eu tive de ir ao banheiro encostada a minha amiga, tentando disfarçar a abertura do lado do vestido.

Minha amiga, com a ajuda de três americanas - que tiveram a ideia brilhante de me conseguir uma chave de carro -, fez dois furos de cada lado da abertura do vestido e usou a faixa que eu usava na cintura para trançá-lo, dar um laço e fechar o buraco lateral (foto 3). Ficou, obviamente, bem precário. O vestido ficou retorcido e mais curto do lado esquerdo, com uma ponta do zíper quebrado ainda aberto e a mostra.

Pausa para agradecimento: obrigada, Ana, por "salvar" meu vestido e minha noite. Desculpe-me por te fazer perder um pouco da sua.

Eu não sou daquelas que tentam achar sentido no que se passa na virada e o que isso pode significar para o resto do ano. No entanto, se for interpretar o incidente pelo lado positivo, eu conseguirei dar um jeitinho bem brasileiro nos meus problemas e ligarei o foda-se. Pelo lado negativo, é melhor deixar pra lá...

Happy New Year a todos! Que 2011 seja maravilhoso!

3 comentários:

Stela disse...

Ahh seu ano já começou muito bem e com muita história pra contar, isso que é bom, 2011 com certeza vai entrar pra sua lista de melhores anos!
Beijos

Rodrigo Kivitz disse...

Primeiro pensamento: Esse vestido seria melhor rasgado de outra forma e por outro motivo.
Continue a acumular histórias. Beijos.

Mirela das Neves disse...

Se não fosse a Brenda não seria engraçado!!
hahahhaa
Bom se te consola: No primeiro dia que cheguei no hotel onde fiquei hospedada com minha família para o Reveillon eu quebrei, na mesa do café, um copo cheinho de leite...
o/
uashusahusausa

=]