domingo, 12 de setembro de 2010

Gaga Uh Lala


Vi a Lady Gaga pela primeira vez no dia 13 de julho de 2008, apresentando ao vivo a música "Just Dance" no concurso Miss Universo. Lembro-me de pensar "Que doida é essa?" com aquela calça colada, blusa amarela berrante com ombreiras. Toda plastificada. Mas também me lembro de A-DO-RAR a música (até hoje a minha preferida dela). Pouquíssimo tempo depois, assistindo no youtube, ao, na época, lançamento das Pussycat Dolls "I Hate This Part", achei sem querer o vídeo da cantora que estava abrindo os shows da turnê delas: "Just Dance", da Lady gaga. Levei alguns minutos pra me lembrar de onde conhecia aquela música.

A partir daquele momento, viciei. Procurei vídeos com outras músicas e letras dela. No mesmo dia, ouvi "Love Game", "Poker Face", "Paparazzi" e "Beautiful Dirty Rich". Gostei de todas. Consequentemente, baixei o álbum "The Fame". Em uma semana o sabia todo de cor e salteado. Assisti a todos os episódeos do canal dela no youtube, enquanto ainda tentava se divulgar e ganhar espaço na mídia, fazendo showzinhos em clubs. Posso dizer que sou fã da Gaga antes da fama monstro.

Ela significou a quebra de um dos meus preconceitos: mulheres na música (um tanto contraditório de minha parte, pra quem tocou bateria por quatro anos). Depois dela, passei a ouvir PCD e Paramore - sem o pensamento machista de que mulher em bandas é tudo poser.

Eu sei que muito do que se atribui à Gaga se atribui a outros grandes nomes da música - como à Madonna. A receita não é inédita. No entanto, ela se encaixa no que pode se classificar na categoria "artista". O pacote completo. Ela é cantora, escreve as próprias músicas, é estilista das próprias roupas... As letras das músicas delas são tão pessoais e transparentes que chega a ser constrangedor, invasivo ouvi-las. Confissões descaradas sobre a obsessão pela fama, dinheiro e sexualidade. Até mesmo nas letras mais bobas como a de "Boys Boys Boys", acerta na medida perfeita na futilidade.

Lady Gaga é um dos melhores exemplos da força d'O Segredo: quando se acredita em algo com todo o coração, um dia, vai se realizar. Ela simplesmente queria ser star. É prova também de que quem tem talento, não desiste dos sonhos, acredita no próprio potencial e sabe se promover vai acabar sendo famoso. Um monte de clichê, eu sei. Mas é assim que eu a enxergo.

Essa visão só se fortificou depois de assistir ao show, em Charlottesville, VA. Além de ser uma mega produção, diferente de qualquer um que eu já tenha assistido (só não perde pra U2, é claro), a Gaga é uma front woman fantástica. É emocionante ve-la onde está hoje. Nasceu para estar em um palco. Ela pergunta durante o show para a platéia: "Do you think I'm sexy?" e emenda dizendo que nem sempre ela foi popular, que sofria bullying na escola. É sincero a emoção dela de ter conseguido atingir a posição em que está e ver a ovação dos fãs. E os fãs são um show a parte, fantasiados de Lady Gaga.


Uma das músicas do repertório é uma inédita do CD que está pra ser lançado, "You and I". Depois de ouvi-la ao vivo, eu só tenho a dizer que estou na espera ansiosa pela próxima bizarrice de Lady Gaga, por que ela é capaz de muito mais e "she's not going anywhere".

Um comentário:

.mari. disse...

A presença de palco dessa mulher é de cair o queixo...e pode ser ingenuidade de little monster, mas eu vejo uma sinceridade muito grande em tudo o que ela fala. Todo o discurso sobre igualdade, respeito, poderia ser um grande clichezão pra atrair fãs, mas não, ela realmente acredita e "mean" o que está dizendo.

Sem contaaaar a estrutura do show, a produção, os figurinos, pelamor, é muito pro meu coração hahaha

Também fiz uma resenha do show pra essa blog, se puder dá uma passadinha lá: http://folksfield.com/blog/

beijos!