segunda-feira, 22 de novembro de 2010
Nove meses
segunda-feira, 15 de novembro de 2010
As quatro estações
Cada estação é completamente diferente uma da outra, e as características são extremas. Se é inverno é muito, muito frio. E, claro, neva. A paisagem fica branquinha, as árvores desfolhadas, e todas as pessoas cobertas de camadas e mais camadas de roupa.
A primavera é levada ao pé da letra: "renovada vegetação". As árvores ganham as folhas de volta e ficam carregadas de flores. E tudo muda do branco para o extremo colorido. É o período das alergias atacadas.
O verão foi minha maior surpresa: é quente. Muito quente. Vinda de país tropical, eu não esperava sofrer com o calor que faz nos EUA. É abafado, grudento. Cada bairro tem uma piscina coletiva, e elas só são abertas durante os três meses da estação. É o único período do ano em que o bronzeado das pessoas é verdadeiro. As escolas americanas fazem as férias de verão, todos os estudantes passam os três meses de folga. E o dia acaba mais tarde com o horário de verão, como o nosso. O pôr do sol começa às 19h30. A estação é aproveitada ao máximo.
E a atual e minha preferida: o outono. No Brasil, essa estação sempre foi indiferente pra mim, mas aqui tudo vira uma palheta de cores quentes. As árvores se colorem de vermelho, laranja e amarelo - e, consequentemente, o chão e tudo que fica embaixo delas. Em poucas semanas, as árvores estarão todas peladas. Enquanto isso acontece lentamente, a temperatura cai drasticamente. É no começo dessa estação que o horário de verão acaba e o pôr do sol começa às 17h30.
As estações demarcam tudo que acontece no país: temporada de shows, períodos escolares, promoções. Matrículas para os cursos de outono. Calendário de shows de primavera. Férias de verão.PS: Um adendo muito importante - que eu deveria ter inserido em todos os meus posts - é que todas as descrições e características que escrevo aqui são do lugar em que vivo, na Virginia. Nada pode ser generalizado, uma vez que os EUA é um país grande e diversificado, como o nosso. Ainda mais depois de conhecer Los Angeles, na outra costa do país, que é completamente diferente da região em que moro.
quarta-feira, 10 de novembro de 2010
Parte 3: A noite de quarta-feira
Para finalizar a noite, vi - pela primeira vez nos EUA - uma barata. Uma não, três, na mesma rua.
terça-feira, 9 de novembro de 2010
Parte 2: Califórnia
Welcome to the Hotel California
Sempre ligo músicas a momentos especiais da minha vida. Uno música ao lugar, companhia, cheiros, sentimentos e imagino, na minha cabeça, uma cena montada e editada para filme. É assim desde criança. E os melhores desses momentos quase sempre acontecem quando estou dentro de um carro. No trajeto de Las Vegas a San Diego, pouco depois de passar a placa de divisão entre os Estados de Nevada e Califórnia, mudamos a estação da rádio e pegamos o começo de "Hotel California" do Eagles. Cena de filme. Ainda seguida, durante as próximas horas da viagem de carro, pelas músicas "California Gurls" da Katy Perry e "Dani California" do Red Hot Chilli Peppers. Só faltou mesmo a "California" do Phantom Planet, tema de O.C. - que viria bem a calhar com um dos acontecimentos posteriores da viagem. California here we come.
Los Angeles
L.A. foi um tanto decepcionante. Esperava todo o glamour que se vê na TV e se espera de uma cidade que abriga todos os astros e famosos. Mas a cidade passaria facilmente por uma metrópole brasileira. A calçada da fama é literalmente uma calçada. Pode ser ingenuidade da minha parte, mas eu esperava algo mais limpo, iluminado, em destaque na cidade. Mas é realmente só um monte de estrelas com nomes espalhadas pelas ruas, pelas quais todos passam sem notar. É fácil distinguir turista no meio da multidão: quem caminha olhando para o chão - e eventualmente para pra tirar foto quando encontra o nome de algum ídolo. Com exceção da calçada em frente ao Chinese Theater - onde as premieres acontecem todas as noites - que é mais bonita e tem as marcas de mãos e pés com as respectivas assinaturas dos famosos.
É comum esbarrar em gravações. Enquanto caminhávamos na Hollywood Blvd escutamos tiros um bloco a frente: estavam gravando uma cena da série policial Southland, com o ator Benjamin McKenzie, o Ryan Atwood de The O.C., no meio da rua. E durante a nossa caminhada em busca do melhor ponto para tirar fotos com a placa de Hollywood ao fundo (num sobe e desce de morros a pé até anoitecer), vários prédios tinham um aviso na porta de que seriam usados como cenário de gravações naquela mesma noite.
É uma viagem cansativa, corrida e é claro que uma semana não é suficiente pra fazer/conhecer tudo. E não ter nada planejado foi, sim, a melhor opção. Até mesmo porque em seis meninas não é fácil agradar a todas, mas nos viramos muito bem. Foi sem dúvida a viagem da minha vida e uma das melhores semanas ever.